Eeeeei gente! Antes tarde do que nunca! =P A resenha de hoje é de um livro de poemas chamado Por entre caminhos de pedra, do autor mineiro Marco Antônio Sabará. ^_^
Este é um compilado de poemas escritos entre 2002 até 2011. Como sabem, não sou a maior fã de poesia, mas a Camila me pediu com carinho para ler e resolvi dar uma chance. Confesso que demorei a me apegar por meio da auto-biografia presente no começo do livro. Não a achei desnecessária, mas acreditei que o livro seria muuuuito complexo e sentimental, rebuscado e nada a minha praia, hahaha! Minha sorte é que eu estava errada! O livro me surpreendeu e me fez pensar uma série de questões sobre a cidade de Marco Antônio, Congonhas. Moro perto dela e tudo que ouço da maioria dos moradores de lá é sobre a poluição das indústrias e o atraso da cidade, algo que o autor desconstrói aqui e nos mostra outra visão destes detalhes.
Como eu disse, o autor fala basicamente de seu amor pela cidade colonial em que mora, sua "Musa Quadrática" (que imagino ser sua esposa), seus dois filhos e sua religiosidade. Ele é dividido em quatro partes. A primeira é chamada Sonetos e companhia, que, por sua vez, é dividida em três atos. O Primeiro Ato traz versos livres e os temas são bem sortidos; o Segundo Ato é composto apenas por sonetos "4433" (duas estrofes de quatro versos e duas estrofes de três versos) e a temática também é diversificada; o Terceiro Ato possui apenas um poema que trata da vida em geral. Fiquei curiosa sobre porquê o autor decidiu colocar este poema sozinho e achei interessante as dissiparidades entre os três atos.
A segunda parte se chama Cantos da Indústria e acho que foi a minha predileta! Aqui, Marco colocou todos os seus poemas que foram escritos longe da cidade em que mora, então vemos muito sentimentalismo e saudade entre os versos. Ele também poetiza sobre as consequências da indústria em sua região e longe dela. A terceira parte é denominada Pequeno dicionário das coisas efêmeras e não sei, também foi uma favorita, hahahaha! Tô confusa, não sei escolher SOCORRRR Neste ponto do livro vemos a excepcional criatividade do autor. Eu não sou muito de ler este gênero, como já disse, por isso acho que me surpreendi. Aqui o autor, com o título dos poemas, cria um acróstico que se torna o próprio poema! =O Já a quarta e última parte, temos Versos soltos e outras miudezas, que acredito que são os poemas que não cabiam em nenhuma outra parte anterior, hahaha! A temática é variada e vemos desde sonetos à versos livres. ;)
Acho incrível quando poetas conseguem me conquistar! É difícil me agradar nesse gênero porque não entendo a necessidade de complicar a linguagem e as palavras, exatamente por isso Marco Antônio me agradou: são versos tão simples de se ler, mas recheados de palavras não ditas e coração! É visível seu amor pela esposa (?) e pela família, muitos poemas são escritos explicitamente para eles, com nome e tudo o mais. Aaaah, além do amor à família, temos o amor à cidade, MUUUUUITO presente no livro, mas não me incomodou por estar mesclado a outros poemas. O autor foi muito feliz nessa parte, porque se ele tivesse separado por temas (tipo: FAMÍLIA | RELIGIÃO | CIDADE) seria demasiadamente massante.
A diagramação é confortável e é uma leitura bem rápida. Algo que adorei no livro foi o fato de que Marco também é fotógrafo (acredito que por hobby) e decidiu nos dar de presente a oportunidade de ler, em meio aos poemas, trechos de outros ilustrados por suas fotografias. Esse toque deu ao livro uma pitada de suavidade e leveza, como os livros de poesia devem ser para mim.
Bom, é isso pessoal! Este foi mais um autor parceiro do blog e desejo a ele muito sucesso, que a editora logo o encontre e transforme seu sonho em realidade. Caso queiram adquirir o livro ou contatar o autor, clique AQUI e será redirecionado ao facebook dele, hehehe... =P
O que acharam da resenha? Leem poesia dessa maneira? Comentem aqui embaixo! *-*
Um beijo,
Vi. <3
Oieeeee *-*
ResponderExcluirFINALLY hahahaha
Muito obrigada por ler e resenhar o livro Vi!
Amei a resenha <3
Mil beijos ^^
Eu quem agradeço a confiança, Miiila! Super beijão! *--*
ExcluirVirgínia,
ResponderExcluirMuito obrigado pela resenha. Fico feliz por perceber que você conseguiu captar a essência da obra, o que nem sempre é fácil no gênero poesia. Parabéns pelo blog e pelo trabalho de incentivar a leitura.
att.
Marco Antônio Sabará
Em tempo: antes que eu apanhe em casa (rsrsrsr): a musa quadrática é a minha esposa!
Eii! De nada! Adorei bastante o livro e desejo que logo venham outros!
ExcluirPS: Espero não ter te complicado, kkkk! =P
Abraços!
Boa noite, poesia é muito interessante, falamos com o coração, muitas vezes as palavras são difíceis de se compreender, porém, o coração de quem esta lendo faz a tradução em simultâneo, ficando tudo mais fácil, esta linguagem é a que eu mais gosto, pureza d'alma, parabéns Marco, gostei Virgínia desta sua mudança e espero outras resenhas boas como esta, Geraldo Magela Brasil.
ResponderExcluirObrigada, pai! Beijos!!
Excluir